segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O DILÚVIO, da comunicação segundo Pirre Lèvy

SEGUNDA- FEIRA , 28 DE FEVEREIRO DE 2011


FACULDADE DO SUL DA BAHIA – FASB
COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO – 5º PERÍODO
PROFESSOR: LEÔNCIO
ACADÊMICO: RUBENS FLORIANO
FICHAMENTO: CIBERCULTURA – PIERRE LÈVY

Nascido na Tunísia em 1956, Pierre Lèvy é considerado o filósofo da informação. Com vistas para as interações entre a internet e a sociedade. Pensar a cibercultura e a proposta do seu livro “Cibernética” de 1999.

Dilúvio

Ciberespaço – é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores.

Cibercultura – é o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço.

A obra propõe reflexões sobre a cibercultura e as suas relações com os problemas culturais do planeta, como se relacionam e quais métodos devem ser adotados para a construção de uma relação positiva entre a sociedade estruturada e a nova realidade que a rede propõe, no formato coletivo, diferente do que sugere a mídia clássica.

Para Pierre Lèvy existiria resistência a todo movimento ou evento que propõe transformações acentuadas na sociedade, para ele os denunciantes da cibercultura, tem características semelhantes às daqueles que no passado desprezaram o Rock, e reforça ao lembrar que o cinema, considerado uma arte completa, foi desprezado por intelectuais da época de seu surgimento.

Lèvy sugere que tentemos compreender a novidade, de forma benevolente, para ele não haveria a necessidade de ser a favor ou contra a internet, mas de tentar entender as mudanças qualitativas que o “mundo virtual” implementará à ecologia dos signos e sua extensão para a vida social e cultural.

Para o autor, o ambiente comercial que se estabeleceu na rede não a desqualificará como fator de integração, se adequará a exemplo do cinema e da música, que incorporaram o fator comercial sem perder as características culturais fundamentais. Lembra ainda que apesar do surgimento de muitos serviços pagos, os gratuitos se proliferam, oriundos de universidades, órgãos públicos, de associações sem fins lucrativos, de grupos de interesses diversos e outros.

A oposição à internet não viria das baixas classes sociais, e sim dos detentores de poderes e privilégios, sobretudos culturais, ameaçados pela nova configuração de comunicação, que democratiza o acesso a itens culturais restritos à elite. Ele reforça que Albert Einstein disse ter acontecido no século XX a bomba demográfica, a atômica e a da comunicação. As telecomunicações geram o movo dilúvio, através dos links, as informações aumentam vertiginosamente, nos bancos de dados, nos hipertextos e nas redes, o que possibilitaria descobertas pacificas de diferenças, por isso devemos preparar nossos filhos para o novo universal.

Pierre Lèvy traça um comparativo entre a tarefa de Noé de possibilitar continuidade da vida das espécies e a necessidade de o homem dar sequência a comunicação pela rede, onde as arcas seriam portadoras de informações que se cruzariam sempre, à medida da necessidade de cada momento as acessaríamos. Para ele a cibercultura remeteria as mensagens ao contexto das sociedades orais, numa escala ampla, diferente; mão dependeria da auto-suficiência dos textos com independência de significações.

Lèvy destaca que na China um imperador destruiu todos os textos anteriores a seu regime, um bárbaro (Cesar) ordenou a queima da biblioteca de Alexandria em repreensão ao regime Helenista, Sargão de Agadé, primeiro imperador da Mesopotâmia jogou no Eufrates tábuas de argilas contendo lendas, preceitos de sabedoria e manuais de medicina.

“Em particular, abordamos as novas formas artísticas, as transformações na relação com o saber, as questões relativas a educação e formação, a cidade e democracia, a manutenção da diversidade das línguas e das culturas, os problemas da exclusão e da desigualdade”.