terça-feira, 8 de março de 2011

A Inteligência Coletiva, Veneno e Remédio da Cibercultura

Faculdade do Sul da Bahia – FASB
Curso: Jornalismo Período: 5º
Disciplina: Sistemas e tecnologia Professor: José Leôncio
Acadêmico: Rubens Floriano

Atividade

A Inteligência Coletiva, Veneno e Remédio da Cibercultura.

À luz do pensamento de Pierre Lèvy, “O ciberespaço como suporte da inteligência coletiva é uma das principais condições de seu próprio desenvolvimento. Toda a história da cibercultura testemunha largamente sobre esse processo de retroação positiva, ou seja, sobre a auto-manutenção da evolução das redes digitais. Esse é um fenômeno complexo e ambivalente".

Autor do livro Cibercultura, Lèvy debruçou-se sobre a problemática acerca do posicionamento do o individuo diante das novas possibilidades de agrupamento e difusão de ideias, da descentralização da cultura, exposição do cotidiano e outros efeitos da rede na vida em sociedade.

Para Lévy, o ciberespaço apenas oferece à inteligência coletiva um ambiente propício, não determinando seu desenvolvimento; e surgem nesse ambiente, novas formas de exclusão.

- isolamento e sobrecarga cognitiva, (estresse);
- dependência, (vícios);
- dominação, (domínio de potências econômicas);
- exploração, (vigilância, prejuízos para o terceiro mundo);
- bobagem coletiva, (rumores, acúmulo de informações vazias)

Para Lèvy, a inteligência coletiva que se desenvolve no ciberespaço acelera a alteração tecno-social; aquele que não dominar as novas técnicas será excluído do processo.
“Devido a seu aspecto participativo, socializante, descompartimentalizante, emancipador, a inteligência coletiva proposta pela cibercultura constitui um do melhores remédios para o ritmo desestabilizante, por vezes excludente, da mutação da técnica”.

Sugestões para discussão:

- definição de “inteligência coletiva”. (O que seria? Quando surge? È senso comum? Qual o papel dos conflitos na construção dessa inteligência?)

- A tecnologia não seria perseguidora da cultura. (seus impactos seriam involuntários; geralmente objetiva resolver um problema latente ou uma necessidade futura; o domínio do fogo, a eletrônica, a energia atômica).

- A tecnologia seria um produto da sociedade. (a humanidade busca na tecnologia a facilitação de ações, sejam elas boas ou não, individuais ou coletivas; não seria uma questão apenas técnica, cultural ou econômica, mas mista, com efeitos subjetivos).

- O institucional representa perigo? Seria a criação de uma inteligência coletiva dirigida e unilateral? (regimes opressores e a comunicação; o despreparo da massa para processar a informação e antever seus efeitos; as redes sociais, o anonimato e os conflitos das diferentes realidades)

- O domino das técnicas e a cibercultura. (para o uso pleno do potencial de produção se faz necessário o domínio da técnica; a Medicina e suas especialidades, o Direito, etc.; o domínio da técnica seria a tecnologia específica.)

4 comentários:

  1. Já fui viciada em redes sociais. Por me sentir excluída no mundo real, me realizava no anonimato.
    Durante certo tempo isso foi bem interessante, Porém, aos poucos fui redescobrindo o prazer das conversas olho no olho, a sensação gostosa de poder ver um sorriso, sentir cheiros..
    Ainda uso redes sociais, porém, com muito menos entusiasmo. ainda me divirto muito, mas não tenho mais a necessidade de outrora.

    Marlene Rocha

    ResponderExcluir
  2. Sobre a discussão sugerida pelo Rubens, da possibilidade da tecnologia ser perseguidora da cultura, podemos analisar os contextos históricos que, com o surgimento de novas tecnologias, inicialmente causaram grandes exclusões, mas, com o passar do tempo se tornaram práticas comuns e atividades coletivas de grande abrangência, conseqüentemente agregadas à cultura das pessoas do meio.

    Alisson Leite de Andrade
    Jornalismo - 5º período - FASB

    ResponderExcluir
  3. tudo tem que ter o seu controle, senão passa de veneno para remédio e vice versa [o lado pessimismo do ponto de vista do otimista]. Por isso, deve-se tomar cuidado com o que se faz no ciberespaço e na cibercultura. Há a liberdade, sim [talvez]. Mas isso não dá espaço para libertinagem. Não dá espaço para querermos estar sempre sentados e que as máquinas o façam por nós.

    ResponderExcluir
  4. Ainda existe (realmente) a exclusão dentro do ciberespaço. Nem todos tem acesso ou gosta, a mesma forma de ver, a mesma opinião sobre tudo. Usar? podemos. Como? depende de cada um de nós. Temos de nos adaptar ao novo e Pierre Levy tem alguma razão em dizer que "aquele que não dominar as novas técnicas será excluído do processo".

    Samanta Vercelini

    ResponderExcluir